11 de novembro de 2013

Cangas de Onis



O destino Picos da Europa foi o escolhido para a comemoração de mais um aniversário de casamento. O enlace de paisagens colossais, com a história do local e o património envolvente fez com que elegêssemos este local para contemplarmos a sua beleza.

Este ano ainda é mais especial que os anteriores, porque a nossa princesa acompanhou-nos nesta viagem e portou-se lindamente, demonstrando aos papás que gosta de passear e que está sempre pronta para nos acompanhar nas nossas viagens. 

Ficamos hospedados perto do centro de Cangas de Onis e aproveitamos para visitar a cidade. 

Cangas de Onís é um município da Espanha na província e comunidade autónoma das Astúrias. Apesar de apenas contar atualmente com 7000 habitantes, Cangas de Onís foi a Capital do Reino das Astúrias até ao ano de 774. Aqui residia Don Pelayo e aqui, no município de Cangas de Onís, teve lugar a famosa Batalha de Covadonga, na qual os Muçulmanos foram expulsos da Cordilheira Cantábrica e onde se iniciou a Reconquista da Penísnsula. Esta foi a primeira vitória do Cristianismo ibérico sobre os mouros ocupantes, que ganhou um significativo simbolismo.

Esta é uma bonita localidade de interior e, no seu município, respira-se história, a história da Reconquista, a história das Grutas de Covadonga. Aqui, no seu município, também se respira Natureza, com mais de 7000 hectares de Parque Nacional dos Picos de Europa, em cujos domínios se encontra o Conjunto Monumental de Covadonga. 

O símbolo de Cangas de Onis é a famosa ponte romana construída em 1300 e sobre o qual paira o símbolo das Astúrias: A cruz da Victoria.




Ainda no centro da cidade encontramos a Igreja paroquial de Cangas de Onis, que foi construída em 1963.

 

Após visitarmos a cidade dirigimo-nos para a zona montanhosa dos Picos da Europa. 

300 milhões de anos foram necessários para os Picos de Europa apresentarem a sua atual topografia ; diferentes dobras e glaciares moldaram a sua paisagem, altivas e impressionantes montanhas presididas por agulhas e bordas afiadas , com profundas e sinuosas gargantas cortadas por águas cristalinas , dando lugar a vales arborizados e prados.



Conhecida desde 1995 como " O Parque Nacional Picos de Europa ",este nasceu como ampliação do Parque Nacional de Covadonga, criado em 1918 e que foi o primeiro Parque Nacional da Espanha.

A Lei 16/ 1995 declara que o novo espaço tem como finalidade proteger o conjunto dos Picos de Europa, e é um excelente exemplo de ecossistemas do Atlântico de alta montanha, com elevado interesse ecológico, natureza da beleza extraordinária, e para a sobrevivência de uma única cultura ancestral. 

Ele está localizado nas Comunidades Autónomas da Cantábria, Castela e Leão e Astúrias , com uma área de 64.660 hectares.

No Parque Nacional dos Picos da Europa visitamos o Real sítio de Covadonga. Este é um dos centros mais atraentes das Astúrias. Em 722, começou a Reconquista, de acordo com as crônicas Pelayo derrotou os árabes. Antes de chegar ao santuário, no campo da Repelao , segundo a tradição, foi proclamado como rei Pelayo, como símbolo deste acontecimento existe o obelisco erguido por ordem dos infantes de Espanha em 1857.




A Basílica de Santa María la Real de Covadonga é uma das maiores atrações da zona. Construída entre 1877 e 1901 é de estilo neo-românico.




Depois de visitarmos a basílica dirigimo-nos à caverna, subimos uma escadaria de 101 degraus, que muitos peregrinos sobem de joelhos para fazerem cumprir as suas promessas.




Na caverna situa-se a imagem da Virgem, do século XVIII , que substitui a original, destruído por um incêndio em 1777. As suas joias são uma reprodução das reais que se encontram no museu.

Na mesma caverna encontra-se uma pequena capela neo -românico e dois túmulos : o de Alfonso I de Pelayo e sua mulher Ermesinda Gaudiosa e irmã, que foram originalmente enterrados em Abamia e que foram transferidos para a caverna no domínio de Afonso X.



Outro sítio emblemático são os lagos de Covadonga. Estes são formados por lagoas glaciares, os lagos Enol, Ercina e um menor o El Bricial que só tem água quando a fusão ocorre nas montanhas.

Subindo a montanha até aos lagos deparamo-nos com magnificas paisagens de tirar o fôlego. As montanhas, os pastos, os animais com que nos cruzamos aguçaram o apetite para continuarmos o nosso percurso por este encantador parque. 







No topo, o primeiro dos lagos que contemplamos foi o lago Enol. Uma verdadeira paisagem digna de postal. A água cristalina do lago abraçada pela montanha e pelas nuvens que pairavam no céu proporcionou-nos um dos momentos mais românticos desta viagem pelos Picos da Europa. 



Este lago está a uma altitude de pouco mais de 1000 metros e é o maior lago. 

Logo acima a 1.100 metros encontramos o lago Ercina. Neste encontramos manadas de vacas que pastavam livremente pelos prados em redor. O nevoeiro dominou a paisagem e não conseguimos contemplar tão bem a sua beleza como aconteceu no lago Enol. 






Após visitarmos o Parque decidimos usufruir da gastronomia local, típica pelos seus queijos, pelas suas carnes vermelhas que acompanham a famosa fabada asturianas e não poderíamos deixar de provar a típica sidra. 

Quando abandonávamos o Parque Nacional dos Picos da Europa sentimos uma nostalgia, mas também o coração repleto que emoções que vivemos ao longo destes dias, principalmente porque foi a primeira viagem da nossa princesa e só por isso foi a mais emocionante de todas.


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