19 de junho de 2013

Segóvia


Segóvia é uma cidade de Espanha da comunidade autónoma de Castela e Leão, esta é uma das cidades históricas mais famosas de Espanha. 

É uma cidade edificada a 1000 metros de altitude sobre um rochedo triangular que se eleva como uma ilha no meio do Planalto Castelhano nas confluências dos rios Eresma e Clamores. 

Com raízes celtibéricas, Segóvia foi uma cidade de grande importância durante a colonização romana. A sua decadência começa no período visigodo, e acentua-se com a permanência dos Árabes na cidade. Reconquistada Castela, acidade foi-se repovoando por cristãos procedentes do Norte da península e dos Piréneus. É na Idade Média que alcança o seu esplendor. Em 1474, é nestacidade que se proclama Rainha de Castela Isabel, a Católica. No século XVIII Segóvia colonizou um amplo território. Desenvolveu uma poderosa indústria depanificação e inúmeros monumentos góticos foram construídos. Famílias aristocráticas e fabricantes de tecidos edificaram palácios urbanos com pátios e jardins de influência renascentista e brasões barrocos. 

Segóvia foi declarada "Património da Humanidade" pela UNESCO em 1985 e possui duas áreas: a zona alta, amuralhada e de carácter medieval, e a zona baixa, ou arredores, que está unida à zona alta pelo aqueduto romano.

As muralhas de Segóvia foram construídas quando a cidade pertencia aos árabes, mas foram expandidas sob a liderança de Afonso VI de Castela. Em seu auge, estas chegaram a duas milhas e oitenta torres. Havia cinco portões principais, permitindo o acesso à cidade velha e várias portas, mas, no momento existem apenas três portas, San Crebrián, Santiago e a San Andrés.



Esta é uma das poucas muralhas que ficam completas em Espanha, juntamente com Lugo e Avila. Tem um comprimento de cerca de 3 km e é uma das mais antigas muralhas medievais. A característica mais marcante desta construção é que, apesar dos muitos anos que passaram esta é preservada em sua totalidade.

No interior das suas muralhas, suas estreitas ruas tecem um labirinto com diversos templos românticos, palacetes e casarões nobres.






Um dos monumentos majestosos da cidade é o Alcázar de Segóvia que é um palácio fortificado em pedra, erguido em posição dominante sobre um penhasco rochoso na confluência dos rios Eresma e Clamores, próximo das montanhas de Guadarrama, é um dos mais distintos castelos-palácios em Espanha em virtude da sua forma – como a proa de um navio. O alcázar foi inicialmente construído como uma fortaleza, mas serviu, desde então, como palácio Real, prisão do Estado, Colégio Real de Artilharia e academia militar.






No seu interior destacam-se diversas salas, como, por exemplo, a Sala dos Tronos, a Sala dos Reis e o Museu das Armas, e a torre de menagem.











O Alcázar como muitas outras fortificações na Espanha, teve as suas origens em uma fortificação islâmica. A primeira referência a este alcázar, em particular, remonta a 1120, cerca de 32 anos depois de a cidade de Segóvia regressar a mãos cristãs (durante o período em que Afonso VI de Castela reconquistou terras para sul do Rio Douro até Toledo e mais além). No entanto, evidências arqueológicas sugerem que o sítio deste alcázar já fora usado no tempo dos romanos como fortificação, esta teoria é substancializada pela presença do famoso Aqueduto Romano de Segóvia.

O aqueduto de Segóvia foi construído durante os séculos I e II d.C., no governo dos imperadores romanos Vespasiano e Trajano. A parte restante do aqueduto tem 29 metros de altura, 728 metros de longitude total, 167 arcos (79 singelos e 88 dobrados). 





Al Monún de Toledo derrubou parte do aqueduto em 1072, mas os Reis Católicos, no século XV, promoveram a restauração da obra.

Outro monumento imponente da cidade é a Catedral de Santa Maria de Segóvia, conhecida como a Dama das Catedrais, devido às suas dimensões e à sua elegância, é uma catedral construída entre os séculos XVI e XVIII, de estilo gótico tardo com traços de renascentismo.





A catedral de Segóvia é uma das catedrais góticas passado da Espanha e da Europa, construído no século XVI (1525-1577), quando a maioria da Europa, dominou a arquitetura do "renascimento". A catedral tem uma estrutura em três cúpulas altas e ambulatorial, tem janelas bonitas com fino rendilhado e vitrais de qualidade excepcional. O interior tem uma notável unidade de estilo (em estilo gótico tardio), exceto na cúpula construída em torno de 1630, e parece impressionante e sóbrio. 








Percorrendo a cidade encontramos a Praça das Sereias ou a praça de Medina del Campo é um dos lugares mais movimentados da cidade de Segóvia. Aqui há sempre turistas e moradores em torno de muitos monumentos importantes da cidade e também vários restaurantes e locais de entretenimento, como o teatro Juan Bravo. Esta praça está localizada no coração de Segóvia, ao lado de Calle Real. 

Nesta praça situa-se uma das igrejas mais famosas e importantes da cidade, a igreja de St. Martin, que foi construída no século XI e tem origem moçárabe. O templo tem três naves e tem também uma torre de estilo mourisco, com três corpos e duas absides, embora quando foi construído eram três. 




Outro monumento que se encontra na praça das Sereias é uma bela e monumental escultura de bronze de Juan Bravo, que foi desenvolvido em 1921. 



Na gastronomia de Segóvia, destaca-se o leitão assado de Segóvia, temperado apenas com água e sal.

A visita a esta cidade histórica ficou completa com os flocos de neve que caíram durante uma parte do percurso pela cidade. A neve intensificou quando nos dirigíamos a La Granja, cidade da província de Segóvia, o que tornou o trajeto ainda mais belo, brindando-nos com uma paisagem branca digna de postal. 





Esta cidade é digna de receber o título de Património da Humanidade, uma vez que no centro de Segóvia respira-se a história, do romano ao gótico e ao medieval.


1 comentário:

  1. Uma que já está na minha lista há algum tempo. Obrigada pela partilha!

    www.viajarso.blogspot.com

    ResponderEliminar