21 de maio de 2012

Viva






"Sorria, brinque, chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, grite e, acima de tudo, viva. O fim nem sempre é o final. A vida nem sempre é real. O passado nem sempre passou. O presente nem sempre ficou e o hoje nem sempre é agora. Tudo o que vai, volta. E se voltar é porque é feito de amor."

                                                                                                                        Reynaldo Gianecchini

19 de maio de 2012

Bacalhau à Brás





Ingredientes:
300g bacalhau demolhado
Meio kg batatas
2  Cebolas
4 dentes alho
6 ovos
Azeite, q.b.
Salsa picada, q.b.
Sal e pimenta, q.b.
Azeitonas pretas, q.b.



Escalda-se o bacalhau, tira-se a pele e as espinhas e desfia-se bem.
Descasca-se as batatas, corta-se em palha e frita-se em óleo, escorre-se sobre papel absorvente e reserve-as.
À parte, pica-se os alhos, corta-se as cebolas em meias luas finas e refoga-se no azeite, em seguida acrescenta-se o bacalhau, tempera-se com sal e pimenta e deixa-se refogar

Em seguida junta-se as batatas fritas ao bacalhau.

Bate-se os ovos temperando-os com sal e pimenta e junta-se ao preparado. Volta-se a levar ao lume, mexendo constantemente com uma espátula até os ovos coagularem, mas de modo a ficarem macios.

Serve-se de imediato numa travessa aquecida, polvilhando com a salsa picada e decorando com azeitonas.

Bom apetite!


18 de maio de 2012

Empadão de salmão





Ingredientes: 
2 lombos de salmão
100g de espinafres em folha congelados
1 cenoura
1 cebola pequena
Azeite q.b.
Puré de batata, q.b.
Vinho branco q. b.
1 gema
Sal e pimenta q.b.


Pica-se a cebola e leva-se a alourar juntamente com o azeite. Junta-se depois os lombos de salmão, o vinho branco e tempera-se com sal e pimenta. Acrescenta-se a cenoura previamente ralada e os espinafres lavados. Deixa-se cozinhar desfazendo com a colher de pau os lombos de salmão sem os desfazer demasiado.
No fundo de um pirex coloca-se puré de batata e em seguida a mistura de salmão e legumes e volta-se a cobrir com o puré de batata previamente feito. Pincela-se o puré de batata com gema de ovo e leva-se ao forno previamente aquecido a cerca de 180ºC até ficar dourado.


Bom apetite!

17 de maio de 2012

Bola de Carne Rápida





Ingredientes:

3 chávenas de farinha
1 chávena de óleo
1 chávena de leite
4 ovos
2 colheres de chá de pó Royal
Bacon aos cubos, q.b.
1 chouriço de boa qualidade ( cortados às rodelas)
1 frasco de azeitonas descaroçadas e cortadas
Queijo flamengo aos cubos, q.b.


Mistura-se a farinha com os ovos, o óleo, o leite e o pó Royal e bate-se tudo muito bem.

Numa tigela, à parte, juntam-se as carnes, as azeitonas e o queijo e deita-se farinha a olho apenas para secar a humidade e, para quando misturadas à massa, não ficarem no fundo.

Por fim, mistura-se tudo e vai ao forno pré-aquecido, por cerca de 30 minutos numa forma untada com óleo e polvilhada de farinha.


Bom apetite!

16 de maio de 2012

Frango rápido à brás





Ingredientes:


Frango desfiado (sobras de frango assado)
150g de batata palha
2  cebolas
6 ovos
Azeite, q.b.
Salsa picada, q.b.
Sal e pimenta, q.b.
Azeitonas pretas, q.b.

Corta-se as cebolas em meias luas finas e refoga-se no azeite, em seguida acrescenta-se o frango desfiado, tempera-se com sal e pimenta e deixa-se refogar.

Em seguida junta-se a batata palha e envolve-se bem.

Bate-se os ovos temperando-os com sal e pimenta e junta-se ao preparado. Volta-se a levar ao lume, mexendo constantemente com uma espátula até os ovos coagularem, mas de modo a ficarem macios.

Serve-se de imediato numa travessa aquecida, polvilhando com a salsa picada e decorando com azeitonas.


Bom apetite!

15 de maio de 2012

O que sinto...




“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância. Faço paisagens com o que sinto.”

                                                                                                                                Fernando Pessoa

14 de maio de 2012

Aldeia de Couce



A pequena aldeia de Couce situa-se no concelho de Valongo, junto da Serra de Santa Justa.



É uma aldeia típica, com cerca de 22 habitantes, banhada pelo rio Ferreira, cuja autenticidade permanece nas casas de xisto. A sua distinção advém do seu passado na panificação e ligado às minas.








Em 2007 foi construído um "Corredor Ecológico" que liga a aldeia ao centro da cidade de Valongo, permitindo percorrer de forma pedonal cerca de 10 quilómetros. A acessibilidade à aldeia era um dos problemas de Couce, uma vez que a estrada era em terra batida, dificultando muito a circulação automóvel que se agravava em dias de chuva. Os caminhos da pequena aldeia foram repavimentados com calçada à antiga portuguesa.

Estes hectares em Valongo foram classificados como Sítio da Rede Natura 2000 e neles podem ser relevantes espécies de fauna e flora, designadamente nove espécies de animais, como o morcego-de-ferradura-grande ou o morcego-de-peluche.




A aldeia de Couce situada tão próximo do meio urbano ainda preserva traços rurais que atraem vários visitantes.



Valongo


Valongo é uma cidade do distrito do Porto. A criação do concelho de Valongo remonta ao ano de 1836 e ocorre no contexto da reforma administrativa do País, compreendida no reinado de D. Maria II. Contudo, a ocupação humana desta região é muito anterior à romanização.

Atendendo às características geo-morfológicas do território do atual concelho, Valongo apresenta uma grande riqueza geológica e paleontológica – factos que têm interessado particularmente os meios universitários. A sua evolução histórica enquadra-se, com maior ou menor especificidade, no devir histórico da sua envolvente.

A pluralidade de espaços repartidos entre o vale e a serra, a abundância de água garantida pelos cursos dos Rios Leça e Ferreira e a riqueza do seu subsolo, terão facilitado a fixação de povos desde épocas remotas. Vestígios toponímicos como “Evanta”, “Monte da Mamoa”, “Mamoa do Piolho” e outros, atestam a existência de monumentos funerários inerentes à ocupação destas zonas no período Neolítico.

Uma ocupação mais tardia corresponde às civilizações castrejas da Idade do Ferro, localizadas nas Serras de Stª. Justa e Pias. Estão aí referenciados três castros: Alto do Castro; Castro de Pias e Castro de Couce. Povoados primitivos posteriormente ocupados pelos Romanos. É muito significativa a ocupação romana desta área. Repare-se que o próprio topónimo que a designa teve origem nas palavras latinas Vallis Longus.

Os pólos mais importantes são as cidades de Ermesinde e de Alfena, as duas freguesias mais populosas do concelho. Desde há séculos acontece na freguesia de Sobrado, uma importantíssima festa no dia de S. João, a festa dos Bugios ou Bugiadas, onde entram em exibição, em danças singulares, fantásticas máscaras representando mouros e cristãos. Atualmente candidata a Património Cultural da Humanidade.

Em Ermesinde podemos encontrar o Fórum Cultural que nasceu da A “Fábrica da Telha” como era vulgarmente designada, e foi inaugurado a 18 de Maio de 2001. A fábrica foi fundada e iniciou a sua atividade em 1910 sob a designação de Empresa Industrial de Ermesinde, dedicando-se ao fabrico da telha tipo marselha e tijolo vulgar. Nos anos 20 atingiu grande prosperidade. Esta atividade foi crescendo e novos parceiros foram associados dando origem a um excelente exemplo da arquitetura industrial do início do século.




No centro de Ermesinde encontramos a igreja matriz que veio substituir a igreja matriz antiga, demolida em 1968 e foi inaugurada em 1981 por D. António Ferreira Gomes. Feita em betão armado, obedece a uma estética moderna, tanto no exterior como no interior. Orago: S. Lourenço.

Ainda em Ermesinde encontra-se a Igreja Santa Rita, que começou a ser construída na segunda metade do séc. XVIII, a primeira pedra foi colocada em 1749. É de estilo barroco. No interior da Igreja, destaca-se a excelente talha dourada nas capelas laterais, no altar-mor e na estatuária religiosa.




Em Valongo podemos usufruir da natureza dando um passeio pela Serra de Santa Justa, esta faz parte de uma vasta zona florestal na qual se incluem também as Serras de Pias e de Castiçal, abrangendo os concelhos de Valongo, Gondomar e Paredes.




No alto da serra encontramos a Capela de Santa Justa e podemos desfrutar de uma bela vista para Valongo e arredores.



Ainda na Serra de Santa Justa podemos encontrar o sanatório de Valongo, é mais uma unidade hospitalar abandonada que testemunha o flagelo que foi a tuberculose em Portugal. Este foi traçado por Júlio José de Brito, construído em 1932 como uma obra do Estado Novo, tendo depois sofrido obras de ampliação que terminaram em 1958.



No auge da sua laboração chegou a albergar mais de três centenas de doentes e contava na sua estrutura, com capela, escola e um edifício de lavandaria.



Hoje em dia encontra muito degradado e serve e cenário para jogos de paintball.

No centro da cidade encontramos a igreja matriz, que foi construída no local em que se encontrava a antiga, demolida por estar arruinada. A sua construção foi autorizada por D. João VI, e data de 1793.



A cidade de Valongo é rica em tradições e terra de ótimos sabores.

O doce branco de Sobrado, os biscoitos, o pudim de pão, as sopas secas, o pão e a regueifa (seu ex-libris) são alguns dos paladares que aqui podem ser degustados, complementados pelas deliciosas receitas típicas da gastronomia nortenha.

No que se refere à restauração sugiro os seguintes restaurantes situados no concelho de Valongo: A regional Valonguense, Barriga dos Frades, Churrasco e Companhia, O sino, Porca Gorda e o trombinhas.

Concluindo, Valongo é terra de tradições e de gente calorosa e acolhedora.

13 de maio de 2012

Risoto de bacon com cogumelos shitaki



Ingredientes:

1/2 pacote de risoto
1 pedaço de bacon (com grossura de dois dedos)
200g de cogumelos shitaki
1 pimento vermelho
4 chalotas
1 cenoura
½ queijo ralado
2 dentes de alho
1 caldo de galinha
100 ml de Vinho branco
Manteiga q.b.
Azeite, q.b.
Sal e pimenta, q.b.
Salsa picada, q.b.


Estala-se o bacon partido aos cubos com 2 chalotas e 1 dente de alho picado num fio de azeite.

Em seguida faz-se o caldo, com água e cubos de Knorr de galinha.

Numa frigideira estala-se as restantes chalotas picadas com o restante alho num fio de azeite e quando estiver alourado acrescenta-se o risoto e deixa-se estalar por 4 minutos, mexendo bem. Em seguida junta-se o vinho branco e deixa-se evaporar mexendo sempre. Depois do vinho evaporar junta-se o caldo de galinha e vai-se mexendo.

Depois acrescenta-se ao risoto o pimento vermelho partido aos pedaços, os cogumelos e a cenoura ralada e tempera-se com sal e pimenta. Vai-se acrescentando o caldo, sempre que necessário e deixa-se cozinhar, mexendo sempre.

Por fim, acrescenta-se o bacon ao preparado anterior e salsa picada.

Depois de cozido e já no prato polvilha-se o risoto com queijo ralado.

Bom apetite!

Bife com molho de natas e cogumelos em massa folhada





Ingredientes:

2 bifes de lombo
4 fatias de bacon
Meio pacote de queijo ralado mozarela
100g de cogumelos shitaki
1 pacote de natas
1 colher de sobremesa de mostarda Dijon
1 pacote de massa folhada fresca
1 gema
Sal e pimenta, q.b.
Tomilho, q.b.
1 dente de alho
Manteiga, q.b.

Acompanhamento:

Legumes salteados ou salada



Tempera-se os bifes com sal, pimenta, alho picado e tomilho.

Estende-se a massa folhada, pica-se com um garfo e corta-se em círculos grandes.

Sela-se os bifes numa frigideira com manteiga e colocam-se por cima da massa folhada. Em cima dos bifes colocam-se as fitas de bacon e o queijo ralado.

À parte estala-se os cogumelos num fio de azeite e acrescenta-se as natas, a mostarda, a pimenta e deixa-se as natas engrossar um pouco.

Verte-se o molho de natas e cogumelos sobre os bifes e fecha-se a massa folhada. Pincela-se com uma gema de ovo e leva-se ao forno por cerca de 20 minutos.

Serve-se com legumes salteados ou com salada.

Bom apetite!

12 de maio de 2012

1º mês

 

O brilho do sol invadiu o nosso lar e com ele trouxe a confirmação de mais um sonho concretizado.

A admiração tomou conta de nós e a felicidade esteve sempre presente.

Ficamos surpresos com a confirmação da gravidez, mas ao mesmo tempo seguros da nova etapa que se erguia no nosso caminho.

Roti de bacon e queijo




Ingredientes:

Meio kilo de carne picada de novilho
200 g de bacon fatiado
1 pacote de queijo ralado mozarela
Sal e pimenta, q.b.
Pão ralado, q.b.
1 cebola
Vinho branco, q.b.
Colorau, q.b.
Azeite, q.b.
Polpa tomate, q.b.
2 dentes de alho
Tabasco, q.b.
Tomilho, q.b.
2 folhas de louro

Acompanhamento:
Batata assada
Legumes gratinados com béchamel


Coloca-se pão ralado na banca onde se vai estender a carne.

Estende-se a carne picada com um rolo da massa e tempera-se com sal e pimenta, sobrepõe-se as fatias de bacon e o queijo ralado e enrola-se a carne até formar um rolo.

Coloca-se o rolo numa assadeira por cima de uma cebola partida às rodelas e acrescenta-se o molho.

Para o molho utiliza-se azeite, alhos picados, polpa de tomate, vinho branco, colorau, sal, pimenta, umas gotas de tabasco e folhas de tomilho e de louro.

Deixa-se marinar por algumas horas e depois leva-se ao forno, a uma temperatura média por cerca de 1h30.

Depois de assado corta-se o rolo em fatias e serve-se com batatas assadas e legumes gratinados em béchamel.

Bom apetite!

Tarte de cenoura


 
Ingredientes:
4 ou 5 cenouras grandes
200g de açúcar
4 ovos
4 colheres de sopa de farinha
1 chocolate negro
2 colheres de sopa de manteiga
Leite, q.b.


Cozem-se as cenouras, escorrem-se e trituram-se com a varinha mágica. Deixa-se arrefecer.

Depois emulsiona-se tudo (cenouras, ovos, açúcar e farinha) e coloca-se numa tarteira forrada com papel vegetal untado com manteiga. Vai ao forno.

Enquanto coze a massa, numa pequena panela, coloca-se o chocolate grosseiramente partido aos bocados com manteiga e, com um pouco de leite.

Depois de derretido deita-se por cima da tarde.

Bom apetite!

11 de maio de 2012

Matosinhos



Matosinhos é uma cidade que pertence ao Distrito do Porto. No litoral da cidade situa-se o Porto de Leixões, o maior porto artificial de Portugal e principal porto marítimo da Área Metropolitana do Porto.

Durante toda a sua história, Matosinhos esteve ligado ao mosteiro de Bouças, que será bastante antigo, sendo a sua construção anterior a 944. No ano de 900 já existia uma pequena povoação com o nome de Matesinus que em 1258 se chamaria Matusiny, um lugar da freguesia de Sendim. D. Manuel I concedeu-lhe foral em 1514 e passou a pertencer ao concelho de Bouças em 1833, tendo como sede a vila de Bouças, até 1836 designada Senhora da Hora. Até ao liberalismo constituía o Julgado de Bouças.

Em 1853 foi criada a vila de Matosinhos, constituída pela freguesia do mesmo nome e pela freguesia de Leça da Palmeira, que passou a sede do concelho em substituição de Bouças. Em 1867 é finalmente criado o concelho de Matosinhos, mas que acaba por desaparecer vinte dias depois voltando a ter sede em Bouças. Dado que Matosinhos já se figurava como um lugar mais importante em 1909 é criado o concelho de Matosinhos que existe nos nossos dias.

A cidade é rica em património edificado, mesmo no centro da cidade visitamos a Igreja Matriz (Bom Jesus), edificado no séc. XVI, o edifício, renascentista de origem, sofreu transformações marcantes no séc. XVIII, com a introdução da talha dourada e, ao nível da fachada, pela mão do italiano Nicolau Nasoni, transformações essas que lhe conferiram as caraterísticas barrocas hoje dominantes.



Também visitamos o Mosteiro de Leça do Balio, templo do séc. XII, de estilo gótico primitivo, com uma torre de traça românica. Foi nesta Igreja que o Rei D. Fernando casou com D. Leonor Teles e nela se sediou o mosteiro da Ordem Militar do Hospital.
Aqui, podem ser admirados o túmulo de Frei João Coelho (Grão-Mestre da Ordem), da autoria de Diogo Pires, "O Moço" e a arca tumular de Frei Vasques Pimentel, onde existe uma inscrição latina com dados biográficos deste guerreiro.
É, igualmente, de apreciar a Pia Batismal, de 1514, e a rosácea da frontaria da Igreja.
Já no exterior, o Cruzeiro, de 1513, é obra que deve ser contemplada.







No que se refere a espaços verdes em Matosinhos, o meu local favorito é a Quinta da Conceição, um grande espaço verde, com frondoso bosque. Nela, podem ser admirados os restos de uma porta Manuelina, parte de uma coleção lapidar de várias épocas e estilos. Este é um espaço privilegiado para longos passeios, nele se destacam os chafarizes e a Fonte de São João.







Sendo Matosinhos uma terra de mar, esta oferece-nos belas paisagens marítimas e tranquilos passeios à beira mar. Também podemos desfrutar das praias caracterizadas pelos extensos areais, como a praia de Matosinhos e a praia de Leça. Esta última é considerada um dos maiores areais do norte de Portugal, praia que foi frequentada pela colónia inglesa, no início do séc. XX, e onde se encontra implantada uma piscina de água salgada (Piscina das Marés), da autoria do Arq.º Siza Vieira.



Ainda em Leça podemos observar o Farol, construído em 1927, é um dos mais altos de Portugal, com um alcance de 20 milhas, do cimo do qual, para além de se poder observar o seu mecanismo, se contempla mar e costa.
Na sua proximidade, a bela construção denominada "Casa de Chá da Boa Nova", obra do Arqº. Siza Vieira, admiravelmente integrada na paisagem e na estrutura rochosa, e de cujo salão se pode ver, mesmo em frente, e num dos rochedos, a inscrição de versos de António Nobre, bem como a Capelinha da Boa Nova que pertenceu a um eremitério de Franciscanos, os quais, devido às condições agrestes do local, se transferiram para a Quinta da Conceição. Pode ainda contemplar-se, no sopé e nas redondezas do farol, um conjunto escultórico evocativo de António Nobre, da autoria de Barata Feyo.




Outro dos símbolos de Matosinhos é o Forte de Nossa Senhora das Neves, esta construção de tipo abaluartado, do séc. XVII, foi importante elemento de defesa e é hoje sede da capitania do Porto de Leixões.




Um monumento que não passa despercebido é o Senhor do Padrão, do séc. XVIII, este está relacionado com a lenda do Bom Jesus Matosinhos, segundo a qual terá dado à praia de Matosinhos uma relíquia, concretamente uma imagem muito antiga de Jesus Cristo.




Em Santa Cruz do Bispo, no Monte de São Brás, encontramos o Homem da Maça, um conjunto escultórico, que data dos tempos da ocupação romana, e que integra um homem, já sem braços, supostamente um guerreiro a ostentar uma arma (maça).

Em Guifões, visitamos o Castro de Guifões, onde podem ser observados os vestígios de uma ocupação da Idade do Ferro, posteriormente romanizada, no castro localizado no Monte Castelo. Um "trilho pedagógico" possibilita ao visitante orientações ao longo do património arqueológico e natural.

Relativamente à gastronomia o peixe é, naturalmente, a iguaria, mais procurada por todos aqueles que procuram Matosinhos e Leça da Palmeira. Contudo, os restaurantes locais servem não só o peixe grelhado, bem como outros pratos regionais. Dos restaurantes que frequentei ou frequento sugiro os seguintes: Restaurante Don Juan Taperia, Cozinha da Maria, Tasquinha dos Amigos, Al forno, Casa de Pasto Teresa, Casa Mariazinha, Mamma Bella Pizzeria , Restaurante da Terra (vegetariano), Pedra Alta, O degrau do castelo, A casinha, Casa chá salão da Boa Nova, Restaurante Jácome, Restaurante O António, Restaurante Os rapazes, Restaurante Paço das Almas, O arquinho do Castelo, Restaurante Quo Vadis, Marisqueira Mauritânea.

Matosinhos presenteia o visitante com a fresca brisa do mar e com os sabores inigualáveis da terra e do mar.

Maia


Maia é uma cidade do Distrito do Porto. A zona onde atualmente se encontra o município é povoada há milénios, tendo sido encontrados vestígios que datam do Paleolítico. Em muitos dos montes da região existiram povoados, da Idade do Ferro. Atraídos pela riqueza dos solos e a abundância de recursos, os romanos também deixaram aqui as marcas visíveis da sua ocupação.

Em meados do século XIII, o julgado maiato estendia-se desde a cidade do Porto até ao Ave e do mar até às serras. Em 1304, no entanto, as Terras da Maia foram integradas no termo do Porto, perdendo a autonomia administrativa e política. Em 1360, foram instituídos os primeiros donatários na região e, nesse ano, D. Pedro I doou o senhorio da Azurara, com o julgado da Maia, ao infante D. Dinis, seu filho.

A história deste município está, também, intimamente ligada à fundação da nacionalidade. Alguns autores defendem mesmo que o príncipe Afonso Henriques terá sido aqui educado, junto à família dos Mendes da Maia, a que pertenciam o arcebispo de Braga D. Paio Mendes e o famoso guerreiro Gonçalo Mendes da Maia, o "Lidador", assim chamado por ter entrado em constantes lutas destemidas contra os sarracenos.

Na época dos Descobrimentos, saíram da Maia, tecidas com as matérias-primas dos linhares locais, grande parte das velas que equiparam as caravelas portuguesas.

No início do século XVI, coube a D. Manuel I conceder o foral, que previa as rendas e os foros a pagar aos donatários dos reguengos da Maia, bem como a forma de exercer as penas e justiças mais comuns.

A Maia é considerada como um importante centro cultural na região sendo de realçar variadas atividades ligadas ao teatro, à música, às artes plásticas e às tradições locais como as manifestações etnográficas visíveis nas festas religiosas que se realizam ao longo do ano. Também o Jardim Zoológico, o único do Norte devidamente organizado, é ponto de encontro para muitos visitantes.

Anualmente, a cidade recebe no Fórum da Maia o Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia e a exposição mundial da World Press Photo.

No que se refere ao património religioso, destaca-se a Igreja de Santa Maria (Nossa Senhora do Ó), monumento nacional desde 1884, cuja data de construção é anterior à própria nacionalidade. Esta igreja foi fundada pelos cavaleiros do Santo Sepulcro, sendo dúplice, por nele morarem cónegos e cónegas de Santo Agostinho, da ordem regrante do Santo Sepulcro. De origem românica possui duas naves com apiteis ornados com folhagens e decoram-na painéis pintados com motivos vegetalistas e animais. Destaca-se na sua frontaria o portal de quatro arquivoltas ogivadas, e, no lado norte, o portal de duas arquivoltas igualmente ogivadas, com a cruz de Malta no tímpano.




Outra igreja que se destaca é a Igreja Conventual de S. Salvador, antigo mosteiro que data de meados do Séc. IX. A igreja, seiscentista, é a mais antiga da diocese do Porto, tendo levado 34 anos a edificar. Em meados do Séc. XII, este Mosteiro já teria adotado a regra de Santo Agostinho.

Para além das igrejas também visitamos várias capelas no concelho da Maia que se situam em montes, com miradouros. Entres eles menciono o Monte do Senhor da Agonia com uma capela setecentista, que foi depois restaurada pela população local. Deste monte pode-se admirar uma bela paisagem sobre a vila do Castêlo da Maia.



Outro miradouro é o S. Miguel-O-Anjo, do qual se pode avistar os contornos do Porto, o sameiro em Braga, a Santa Justa em Valongo, o Monte Crasto em Gondomar, e no horizonte o mar.
Diz-se que, antigamente, a festa era celebrada pelos pescadores da vila de Matosinhos para agradecer a proteção que o Anjo lhes concedia; além disso o Monte servia-lhes de ponto de referência, de farol, quando regressavam das fainas piscatórias.





O Monte de Santo António, é outro miradouro em antigo local de cultos pagãos, povoado de lendas pelas populações em redor.
Este monte local de culto cristão, é certamente herdeiro de práticas religiosas anteriores ao cristianismo. Aqui nas festas os lavradores, feirantes e criadores de gado levavam o gado ao monte de Stº António, onde este circulava a capela no sentido oposto aos ponteiros do relógio, lembrando o culto a Diana, protetora dos rebanhos e animais jovens.




Por fim, destaco o Monte de Nossa Senhora da Hora, também conhecido pelo Monte do Calvário, é um belo miradouro que possui uma escadaria que dá acesso à Capela do Senhor dos Passos, que data de 1869; por ter o senhor amarrado também se designa a Capela dos Amarrados. No interior desta capela existem curiosas imagens de cariz popular, feitas por santeiros maiatos.



Quanto à gastronomia, o concelho da Maia, como parte integrante desta região possui vários pratos, de confeção refinada, como por exemplo o "Bacalhau à Lidador", a "Sardinha de Escabeche à Moda da Maia", os Rojões, o "Cabrito Assado à Maiata" e o famoso "Cozido à Portuguesa".

Nos doces encontramos as "Broinhas de Erva-Doce", que deliciam qualquer um, o "Pão-Doce", a "Aletria", as "Rabanadas" e os doces conventuais dos Mosteiros de Vairão e Stª Clara.

Dos vários restaurantes do concelho aconselho os seguintes: Cantinho Ibérico, Casa do Arco, Doce Maia Gourmet, O Machado, Quinta d’as raparigas, restaurante Maia Vip, O forno, Figurino de Barreiros, Tomar do Sal, A mesa do Chefe Silva, Maximu’s.

Concluindo, hoje em dia, a Maia é uma cidade desenvolvida, com uma concorrida área urbana, oferecendo vários espaços de lazer.